terça-feira, 16 de setembro de 2008

Lehman Brothers - A Falência e a Crise

É incrível que iniciei este blogue com um texto muito generalista referindo-me à Crise Energética e dos Cereais, referindo também a crise dos Imobiliários.
Passados quase 2 meses desse texto, temos a confirmação da derrocada no Banco Lehman Brothers, que abriu falência após desistência de um dos gigantes Ingleses em controlar este Banco Financeiro, e sem o apoio do estado norte-americano ou Fed (Federal Reserve) sucumbiu à falta de liquidez perante o seu cenário com uma divida exposta de USD$ 613 Bilhões.
As más notícias vão além da quebra do famoso banco americano, fundado há 158 anos e que havia conseguido até sobreviver à crise da Bolsa de 1929, e que levou ontem os negociadores em Wall Street a entrar em pânico.
"Existem crescentes pressões sobre as instituições e sobre muitos investidores enquanto as peças do dominó começam a cair", disse Patrick Bennett, analista do banco francês Société Générale.
Por outro lado citando Yann Azuelos, gerente de fundos da Meeschaert, em Paris : “A Confiança acabou.” Acrescentando que: “Com o socorro à Fannie e à Freddie, pensava-se que o pior tinha passado, mas agora sabemos que não.”
Segundo o Banco de Portugal o Banco Lehman Brothers não tem activos em Portugal, apenas está registada apenas como uma instituição que presta serviços.
Na sequência desta crise, já alguns Bancos Portugueses, já vieram informar que possuem uma exposição muito reduzida àquele banco norte-americano. Vamos ver no decorrer dos próximos tempos os resultados dessa exposição.
Partilhamos a mesma preocupação que todos os analistas financeiros que após a declaração de falência do quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, considerando tratar-se da "mais grave crise dos últimos tempos", que irá prolongar-se "por tempo indeterminado". "Todos nós devemos estar preocupados, já que, esta crise vai ter influência na bolsa portuguesa. Nos sistemas Financeiros e das Seguradoras, que de alguma maneira acabam por estar ligados aos mundo financeiro.
Hoje a dúvida acentua-se nas peças que dentro de dias podem ou não cair. Até os maiores gigantes, hoje, mostraram a sua fragilidade. Gigantes nos quais eu pessoalmente acreditava e ainda confio, em função dos valores contabilísticos que me foram dados a conhecer, porém, hoje esses Gigantes são referidos em toda a impressa especializada e não só, como estando sobre uma pedra escorregadia e inclinada. Vamos ver!
E outra coisa que me assusta é a facilidade das injecções de Capitais que se efectuam. Segundo alguma da impressa online, o BCE injectou hoje 70 Bilhões de Euros, mais do dobro que já ontem tinha injectado.
Sabemos que a crise está agora mais acentuada e até onde nos vai levar, ainda não sabemos.
Onde vamos parar?

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