segunda-feira, 13 de junho de 2011

Juros da dívida portuguesa batem novos recordes, será especulação ou será um aviso?

Acreditem, mas hoje queria falar sobre outro tema, um tema social, mas devido aos factos volto a falar da debilidade da nossa economia.

Se falarmos do tema social, percebemos com alguma facilidade quais são as preocupações dos investidores, estou certo que todos nós sabemos contar e se somarmos os mais pobres que precisam de ajuda, os pensionistas/reformados, os funcionários públicos, os protegidos, os políticos e logo percebemos quantos seremos (quase 6.000.000) Quantos trabalhadores não públicos existem? É que teoricamente são estes que vão pagar quase tudo.

Claro que os economistas falam do perigo de contágio sobre o possível incumprimento da Grécia. É verdade! Mas não é só. Reparem que a preocupação é sobre uma economia demasiado débil. Não vamos ter crescimento interno, não vamos ter maior capacidade de exportação, vamos ter mais desemprego…

Devido à dimensão do estado e dos beneficiários deste, não há rigor que seja suficiente, e veja-se as taxas de juro hoje praticadas:

É nas Obrigações do Tesouro a três anos que a subida se faz mais sentir, para mais de 12,6%

Nos juros da dívida a dez anos, situando-se nos 10,704% - O maior valor desde que aderimos ao Euro.

Nas Obrigações a 5 Anos, a taxa de juro foi de 12,243%.

É verdade que o perfil financeiro do Mundo nos dias de hoje não é igual ao passado, estamos numa fase nova sem história e sem modelos, porém, temos de evitar algumas asneiras. Falo sim, das PPP.

Não há duvida que precisamos de arrumar a casa, encurtar os nossos sistemas e tomar decisões como por exemplo colocar em prática algumas das ideias já no passado defendidas pelo saudoso Prof Hernâni Lopes. Na altura salvou a Nação através da negociação com o FMI. Estávamos próximos de uma situação de Banca Rota, em consequência das loucuras executadas e feitas pelos políticos de então. Hoje o perigo de Banca Rota situação numa margem nada confortável de 47%.
Ouvi ainda na TV enquanto jantava que por cada três trabalhadores em Espanha, há duas pessoas com subsídio ou pensão. É sem dúvida uma margem igualmente preocupante.
Só o empenho de todos nós com o fruto do nosso trabalho, poderá contribuir de verdade para ser possível ultrapassar esta situação deveras difícil que o País se encontra, mas como Portugueses que somos, vamos conseguir!

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